quarta-feira, dezembro 18, 2013

Spillari entradas

Até onde sabemos as entradas de Spillari/Spillare/Spilari em território brasileiro se deram através de 7 entradas distribuídas em um período aproximado de 22 anos. Abaixo encontram-se descritas as entradas que encontramos até o momento.

Importante:
    1 - os ramos que contribuíram para a formação dos Spillari no Brasil encontram-se em destacados em amarelo.
      2 - os que não encontram-se destacados em amarelo possuem observações no final da página.

Extraído do livro Bea Poenta

Sobrenome
Nome
Parentesco
Idade
Spillari
Pietro
sozinho
aprox. 26 anos
Navio:
desconhecido.
Desembarque:
Chegou em Caxias do sul em 20/01/1883
Destino:
Caxias do Sul, Rio Grande do Sul.
Obs.: Pietro não era originário da Província de Verona como se acreditava e sim da Província de Vicenza. Provavelmente dos arredores de Roana.

Sobrenome
Nome
Parentesco
Idade
Spillare
Domenico
nada consta
42 anos
Peruzzo
Maria
nada consta
38 anos

Ernesto
nada consta
17 anos

Antonio
nada consta
7 anos

Amalia
nada consta
6 anos

Tarigliano
nada consta
5 anos

Regina
nada consta
4 anos

Ortenzia
nada consta
2 anos
Navio:
Righi.
Desembarque:
22/01/1887 – Porto do Rio de Janeiro.
Destino:
nada consta.
Obs.: esta família embarcou em Genova. Não foram encontrados vestígios a respeito dos mesmos após o desembarque.




Sobrenome
Nome
Parentesco
Idade
Spillari
Angelo
chefe
41 anos
Scarpari
Domenica
esposa
41 anos

Gaetano
filho
17 anos

Luigia
filha
15 anos

Antonio
filho
13 anos

Amalia
filha
11 anos

Luigi
filho
7 anos

Angelo
filho
4 anos

Elisa
filha
1 ano
Navio:
Umberto I.
Desembarque:
10/11/1890 – Porto do Rio de Janeiro.
Destino:
Jaú – São Paulo.
Obs.: esta família era originária de Zevio na Província de Verona e retornou para a Itália no início do século XX, permanecendo no interior paulista apenas sua filha Luigia que era casada com Alexandre Burro e Amalia que era casada com Giovanni Monezzo.





Sobrenome
Nome
Parentesco
Idade
Spilari
Antonio
chefe
desconhecida
Villanova
Maria
esposa
desconhecida

Romano
filho
17 anos

Attilio
filho
10 anos

Augusto
filho
7 anos
Navio:
desconhecido.
Desembarque:
1892.
Destino:
Alfredo Chaves – Rio Grande do Sul.
Obs.: esta família era originária de Arsiero na Província de Vicenza e embora tenham entrado no Brasil como Spilari, os registros de seus filhos na Itália constam como Spillare e Spillere. Contudo, no Brasil os mesmos usaram o sobrenome Spiller (Espiller), se estabelecendo posteriormente no Estado de Santa Catarina.

Sobrenome
Nome
Parentesco
Idade
Spillare
Magnabosco
chefe
52 anos

Irene
esposa
22 anos

Veronica
filha
20 anos

Maria
filha
15 anos

Eufrasia
filha
10 anos
Navio:
Rosário.
Desembarque:
03/05/1896.
Destino:
Poços de Caldas - Minas Gerais.
Obs.: esta família era originária de Piovere Roncchete na Província de Vicenza e foi encaminhada para a fazenda Santa Alina do barão do Campo Místico.

Sobrenome
Nome
Parentesco
Idade
Spillari
Domenico
chefe
45 anos
Suzzara
Maria
esposa
44 anos

Romilda Lucia
filha
19 anos

Carlo Cirillo
filho
16 anos

Gregorio Pietro
filho
14 anos

Maria Itala
filha
9 anos
Navio:
Giobatta Lavarello (Las Palmas).
Desembarque:
13/07/1897- Porto do Rio de Janeiro.
Destino:
Iconha – Espírito Santo.
Obs.: esta família era originária de Roncoferraro na Província de Mantova e foi encaminhada para o núcleo colonial de Iconha.

Sobrenome
Nome
Parentesco
Idade
Spillari
Gaetano
chefe
32 anos
Berardo
Teresa
esposa
30 anos

Elisa
filha
12 anos

Giovanni
filho
10 anos

Rosa
filha
8 anos

Gelmina
filha
7 anos

Guerino
filho
4 anos

Egidio
filho
1 ano
Navio:
Rio Amazonas.
Desembarque:
16/03/1907- Porto de Santos.
Destino:
Jaú – São Paulo.
Obs.: esta família era originária de Zevio na Província de Verona e foi encaminhada para as terras do fazendeiro João Almeida Prado.


Observações:


1ª obs.: não existem vestígios posteriores ao desembarque desta família. Várias são as possibilidades, tais como retorno em massa para Itália; estavam apenas de passagem no Brasil, indo posteriormente para outro país; passaram a assinar Spiller após a entrada ou na pior das hipóteses todos mortos por uma hipemia.

2ª obs.: esta família retornou para a Itália no início do século XX.

3ª obs.: embora tenham entrado em solo brasileiro como Spilari, após estabelecidos em terras catarinenses esses Spilari passaram a assinar Spiller novamente. Nota-se em alguns dos registros de seus filhos na Itália o uso seja do Spiller, como também do Spillere.

4ª obs.: estabelecido no interior de Minas Gerais, Magnabosco não teve herdeiros, apenas herdeiras. Logo, os seus descendentes em teoria não carregam este nome, o que torna difícil a tarefa de identificá-los.


Link's relacionados:

- Gio Batta Lavarello e suas famílias
- Spillari ou Spilari? ou Spilare? Ou Spillere?
            Oh céus qual é p correto?
- Sobrenomes presentes na genealogia capixaba
- Sobrenomes presentes na genealogia gaúcha
- Sobrenomes presentes na genealogia paulista



Spillari-ES Histórico

Era Julho de 1897 quando os Spillari junto a alguns amigos e parentes desembarcaram no porto do Rio de Janeiro, deixando para trás junto com o navio Gio Batta Lavarello, as suas histórias e suas  vidas, para um novo começo em terras tropicais. Não se sabe ao certo por quais motivos, mais foi somente após mais de um mês de espera que estes imigrantes italianos foram encaminhados para a colônia Italiana de Iconha.

Capela feita pelos primeiros imigrantes
em Tocaia-Iconha
Em Iconha, Domenico Spillari apoiado por sua esposa Maria Domenica Suzzara e seus 4 filhos Romilda Spillari, Carlo Spillari, Gregorio Spillari e Itala Spillari, embora sentisse saudades de seus dois filhos que haviam ficado na Itália (Annunciata Spillari e Pietro Spillari), se concentrava em trabalhar. Fruto deste trabalho, em poucos anos a família já havia colhido suas primeiras sacas de café, investindo posteriormente em um armazém de café na Vila de Piúma. De acordo com os seus netos, os primeiros anos dos Spillari em solo capixaba foram de relativa fortuna, pois as sacas de café de seus vizinhos eram todas levadas ao armazém dos Spillari em Piúma, para depois serem negociadas e enviadas ao seu próximo elo no ciclo de transporte desta mercadoria. Não fora preciso muito tempo para que os filhos de Domenico se casassem, na Itália sua primogênita já era casada com Paolo Rinaldi, e em solo capixaba seus outros filhos também se casaram: Romilda se casara com um aparentado de Villimpenta Erminio Mantovanelli Carlo se casara com sua amiga de infância Adelaide Sguerzoni (também de Roncoferraro como a família Spillari), Gregorio havia se casado com a trentina Elvira Dalmaso (que era de Levico) e Itala com o napolitano Salvatore Varriale

Talvez por considerar sua missão como cumprida, Domenico junto com Maria decidiram retornar para a Itália, e coincidiu neste período (aprox. 1919) que um de seus filhos ficara sabendo da venda de terras grandes e baratas entre as regiões de Burarama e Monte Alegre em Cachoeiro do Itapemirim. E foi justamente por este motivo que tudo o que haviam construído em Iconha fora vendido, e assim cada um de seus filhos pode comprar suas próprias colônias, enquanto Domenico e sua amada esposa retornavam para a sua pátria amada.


Links relacionados:

- A falência e as separações
- Gio Batta Lavarello e suas famílias